O Racionais é uma banda de grande prestígio nacional, colecionando canções de sucesso em seu repertório musical. Logo abaixo você confere a agenda de shows dos Racionais e informações sobre como comprar as suas entradas para assistir à apresentação dos artistas.
Confira em detalhes a agenda de shows do Racionais e prepare-se para prestigiar os artistas em sua próxima apresentação pelo Brasil:
29 de Outubro
Confira a agenda de shows do Orochi!
Para você que adora curtir um show de rap nacional e gostaria de prestigiar o Racionais em sua próxima apresentação pelo país, acesse o link para comprar os seus ingressos:
https://www.diskingressos.com.br/event/5255
Os shows do Racionais possuem uma energia incrível! Embalando o público com canções que marcaram a trajetória dos artistas nos palcos do Brasil.
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Negro drama, entre o sucesso e a lamaDinheiro, problemas, invejas, luxo, famaNegro drama, cabelo crespo e a pele escuraA ferida, a chaga, à procura da cura
Negro drama, tenta ver e não vê nadaA não ser uma estrela, longe, meio ofuscadaSente o drama, o preço, a cobrançaNo amor, no ódio, a insana vingança
Negro drama, eu sei quem trama e quem tá comigoO trauma que eu carrego pra não ser mais um preto fudidoO drama da cadeia e favelaTúmulo, sangue, sirene, choros e velas
Passageiro do Brasil, São Paulo, agoniaQue sobrevivem em meio às honras e covardiasPeriferias, vielas, cortiçosVocê deve tá pensando: O que você tem a ver com isso?
Desde o início por ouro e prataOlha quem morre, então veja você quem mataRecebe o mérito, a farda que pratica o malMe ver pobre, preso ou morto já é cultural
Histórias, registros e escritosNão é conto, nem fábula, lenda ou mitoNão foi sempre dito que preto não tem vez?Então, olha o castelo e não foi você quem fez, cuzão
Eu sou irmão dos meus truta de batalhaEu era a carne, agora sou a própria navalhaTin-tin, um brinde pra mimSou exemplo de vitórias, trajetos e glórias
O dinheiro tira um homem da misériaMas não pode arrancar de dentro dele a favelaSão poucos que entram em campo pra vencerA alma guarda o que a mente tenta esquecer
Olho pra trás, vejo a estrada que eu trilhei, mó cotaQuem teve lado a lado e quem só ficou na botaEntre as frases, fases e várias etapasDo quem é quem, dos mano e das mina fraca
Negro drama de estiloPra ser e se for, tem que ser, se temer é milhoEntre o gatilho e a tempestadeSempre a provar que sou homem e não um covarde
Que Deus me guarde pois eu sei que ele não é neutroVigia os rico, mas ama os que vem do guetoEu visto preto por dentro e por foraGuerreiro, poeta, entre o tempo e a memória
Ora, nessa história vejo dólar e vários quilatesFalo pro mano que não morra e também não mateO tic-tac não espera, veja o ponteiroEssa estrada é venenosa e cheia de morteiro
Pesadelo é um elogioPra quem vive na guerra, a paz nunca existiuNum clima quente, a minha gente sua frioVi um pretinho, seu caderno era um fuzilUm fuzil
Negro drama
Crime, futebol, música, caraiEu também não consegui fugir disso aíEu sou mais umForrest Gump é matoEu prefiro contar uma história realVou contar a minha
Daria um filmeUma negra e uma criança nos braçosSolitária na floresta de concreto e açoVeja, olha outra vez o rosto na multidãoA multidão é um monstro, sem rosto e coração
Ei, São Paulo, terra de arranha-céuA garoa rasga a carne, é a Torre de BabelFamília brasileira, dois contra o mundoMãe solteira de um promissor vagabundo
Luz, câmera e ação, gravando a cena vaiUm bastardo, mais um filho pardo, sem paiEi, senhor de engenho, eu sei bem quem você éSozinho cê num guenta, sozinho cê num entra a pé
Cê disse que era bom e as favela ouviuLá também tem whisky, Red Bull, tênis Nike e fuzilAdmito, seus carro é bonitoÉ, eu não sei fazerInternet, videocassete, os carro loco
Atrasado, eu tô um pouco simTô, eu achoSó que tem que, seu jogo é sujo e eu não me encaixoEu sou problema de montão, de Carnaval a CarnavalEu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal
Problema com escola, eu tenho mil, mil fitaInacreditável, mas seu filho me imitaNo meio de vocês ele é o mais espertoGinga e fala gíria; gíria não, dialeto
Esse não é mais seu, ó, subiuEntrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viuNóis é isso ou aquilo, o quê? Cê não dizia?Seu filho quer ser preto, há, que ironia
Cola o pôster do 2Pac aí, que tal? Que cê diz?Sente o negro drama, vai tenta ser felizEi bacana, quem te fez tão bom assim?O que cê deu, o que cê faz, o que cê fez por mim?
Eu recebi seu tic, quer dizer kitDe esgoto a céu aberto e parede madeiriteDe vergonha eu não morri, to firmão, eis-me aquiVocê, não, cê não passa quando o mar vermelho abrir
Eu sou o mano, homem duro, do gueto, Brown, ObáAquele louco que não pode errarAquele que você odeia amar nesse instantePele parda e ouço funkE de onde vem os diamantes? Da lamaValeu mãe, negro dramaDrama, drama, drama
Aê, na época dos barracos de pau lá na Pedreira, onde cês tavam?Que que cês deram por mim? Que que cês fizeram por mim?Agora tá de olho no dinheiro que eu ganhoAgora tá de olho no carro que eu dirijoDemorou, eu quero é mais, eu quero até sua alma
Aí, o rap fez eu ser o que souIce Blue, Edy Rock e KL Jay e toda a famíliaE toda geração que faz o rapA geração que revolucionou, a geração que vai revolucionarAnos 90, Século 21, é desse jeito
Aê, você sai do gueto, mas o gueto nunca sai de você, morou irmão?Cê tá dirigindo um carroO mundo todo tá de olho em você, morou?Sabe por quê? Pela sua origem, morou irmão?É desse jeito que você vive, é o negro dramaEu não li, eu não assistiEu vivo o negro drama, eu sou o negro dramaEu sou o fruto do negro drama
Aí Dona Ana, sem palavras, a senhora é uma rainha, rainhaMas aê, se tiver que voltar pra favelaEu vou voltar de cabeça erguidaPorque assim é que éRenascendo das cinzasFirme e forte, guerreiro de fé
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